Da Escola:
O Câncer é uma realidade que esta bem próxima de cada um de nós. Na região
existe um alto índice de casos de Câncer, o que determina a existência do
Cacon.
A Escola tem o papel importante de construir o conhecimento, por isso a escolha
desse tema.
Do Cacon:
Considerando:
• a alarmante incidência de adoecimento e morte por câncer em pessoas de todas
as idades e gênero, de acordo com estatísticas anuais do INCA (Instituto
Nacional do Câncer) e a projeção de o câncer se tornar a primeira causa de morte
no Brasil, num período de 20 anos;
• o elevado número de pessoas chegando aos serviços de saúde com câncer em
estágio avançado, especialmente por diagnóstico tardio;
• o pouco conhecimento das pessoas, independente de classe social ou
escolaridade, sobre a enfermidade e o preconceito em torno da mesma,
demonstrando dificuldade em citar o nome;
• o INCA dos Estados Unidos apresentou no final de 2005, pela primeira vez,
dados estatísticos revelando a diminuição dos índices de mortalidade por câncer
neste país, desde 1965, quando os dados começaram a ser computados. Esta
diminuição se deve às ações preventivas desenvolvidas, sobretudo em relação ao
tabagismo, o que revela a importância das mesmas;
• o pouco ou nenhum conhecimento de que o diagnóstico precoce de lesões é
fundamental para o tratamento e o aumento das chances/possibilidades de cura;
• os resultados insuficientes de campanhas educativas, quer sejam locais,
regionais ou nacionais, por serem esporádicas e demasiadamente técnicas,
descoladas de uma proposta articulada com os vários segmentos envolvidos com o
cuidado da saúde carentes de uma discussão mais ampla no que se refere à
valorização da vida;
• o paradigma vigente/hegemônico da atenção à saúde que privilegia a doença e
não o doente. Está centrado no profissional médico e no hospital, fazendo com
que as pessoas tenham uma baixa capacidade de autocuidado, não compreendendo a
sua responsabilidade para com a sua saúde;
• é possível reduzir a incidência do câncer, pois muitos casos podem ser
evitados através do controle dos fatores de risco que determinam o seu
surgimento, tais como: sedentarismo, dieta inapropriada, tabagismo, hábitos
inadequados de vida, ...;
• há a necessidade de políticas públicas de saúde e educação mais ousadas, mais
articuladas e menos verticais que busquem/fomentem/privilegiem a participação
efetiva da comunidade/população;
• é forte a idéia/noção de que o câncer, independente do tipo, não tem cura; por
isso, ações de prevenção/promoção podem se tornar ineficazes;
• vivemos em uma organização social que não privilegia/valoriza a vida e as
relações interpessoais apresentam-se cada vez mais desgastadas; por isso,
campanhas destituídas de esperança sem caráter educativo pouco contribuem para
mudança de cultura e paradigmas, pois, para mudar uma cultura de saúde, é
preciso antes mudar o pensamento sobre ela.